sexta-feira, 24 de setembro de 2010

PPJ.

TEM A VER COM CRIAÇÃO!


A percepção e análise de imagens, das idéias, assim como experienciá-las, do modo mais primário e inacabado (Paulo Freire) que seja, é uma estratégia adotada neste modo de operar performativo.

A imagem por melhor que seja, por mais elaborada que esteja, precisa relacionar-se na expansão da sua fisicalidade, no seu contexto material e concreto, à sua realidade “espacial”, físico-sensorial, ao corpo, para não ficar presa ao “mundo das ideias ” (platão), à realidade “ideal”. Trata-se de um pragmatismo.

O ato de viver as idéias, os pensamentos, de agir performativamente gera movimento, pois implica em tirar a percepção da primeira impressão, do modo comum de ver, ao mesmo tempo que dilata o risco de trabalhar mais. Para este modo de operar, as idéias camuflam a possibilidade real da ação, carregam o que se deseja de ideal de acontecimento, desenhado, planejado, os caminhos a percorrer, a sensação de inusitado, de surpreendente, a imagem antes do ato. Contudo, por mais elaborada que esteja não é ato.

A imagem não é ato até que a idéia seja corpo, até que tenha sido experimentada na dimensão da sua corporalidade. O pensamento é o ato de estar presente no ambiente de modo operante, como um agente.

(Thiago Enoque, 2010)

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