segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Contextualizar-mos-nos

Entendo que no exercício de pensar contextualmente, não há como evitar o olhar para si, isto porque, ao perceber-se contextual, as implicações no “si” não são exclusivas ou referentes a um único sujeito, mas são familiares às de diversos outros.  Tal compreensão é contaminada do modo performativo de pensar sujeito/corpo e sociedade/política, pois “a performatividade significa não só o modo de se apresentar no mundo, mas a própria constituição epistemológica de um tipo de mundo” (SETENTA, 2008:32). Este é um fazer implicado no ato da construção da fala/discurso em primeira pessoa. Um posicionamento político, uma conduta. Passa por impressões de um momento, circunstância que percebo em dimensões da nossa contemporaneidade: alto fluxo de informações, a especialização, a sociedade de consumo cada vez mais ditadora de regras e divergências sociais, enfim, das implicações dos fazeres nos diversos ambientes de relações estabelecidas nos espaços de troca, no trânsito das informações configurando-se diante dos acordos que ocorrem entre sujeitos.


Thiago Enoque Sabiá

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